sábado, outubro 15

Atraso no pagamento do Programa
do Leite já chegou a nove quinzenas

Quando o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca, Betinho Rosado, assumiu a pasta no início deste ano, já achou uma dívida de R$ 10 milhões só no Programa do Leite. Por conta disso, os criadores do Estado ficaram até nove quinzenas sem ver a cor do dinheiro, mesmo entregando o produto diariamente.
A situação foi normalizada, mas a matemática do Governo do Estado depende da do Governo Federal, que nem sempre funciona no mesmo ritmo. De acordo com o diretor-geral do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), Ronaldo Cruz, o problema é que o programa depende de duas fontes de recursos: a primeira é a estadual, custeada pelo próprio tesouro, que precisa investir R$ 62 milhões e está em dia.
A segunda vem do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Modalidade Leite, da ordem de R$ 18 milhões, sendo R$ 14 milhões do Governo Federal, e R$ 4 milhões, contrapartida do estadual. "O atraso nos pagamentos aconteceu por parte do Governo Federal, demorou a repassar segunda parcela do programa", disse Ronaldo.
Mas, de acordo com o diretor, esse recurso finalmente foi depositado na conta do convênio e os pagamentos já começaram a ser feitos. "No mais tardar em uma semana, tudo será pago", afirma Ronaldo Cruz, explicando que depois disso ficará faltando somente os laticínios.
Ele credita o atraso a alguns ajustes que vêm sendo realizados no Programa pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Embrapa propõe rastreamento eletrônico
Um sistema de rastreamento eletrônico para caprinos e ovinos é uma das soluções apontadas para reduzir problemas como os que vêm acontecendo em Apodi. A Indicação Eletrônica na ovinocaprinocultura, sistema já consolidado nos países da União Européia, será experimentada com rebanhos no Ceará, Bahia e Paraíba.
A iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), foi apresentada pelo pesquisador da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (EMEPA), Daniel Benitez, no domingo, 9, na Festa do Boi. "O registro eletrônico promove segurança e permite a rastreabilidade, o que é imprescindível para a sustentabilidade do setor", defende o pesquisador.
Através de um chip, que pode ser colocado na orelha, é possível acessar todos os registros feitos ao longo da vida do animal em menos de três segundos. O rastreamento auxilia na garantia de origem, qualidade e segurança alimentar.
O rastreamento é indicado a produtores de micro e pequeno porte e custam R$ 2,20 cada. A proposta é identificar pelo menos quatro mil cabeças de ovinos e caprinos. A expectativa do Sebrae e da Emparn é implantar o sistema no Rio Grande do Norte na segunda etapa.

Fonte: Jornal de Fato

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