sexta-feira, abril 27

Agripino contradiz Rosalba e nega que foco político

Divulgação
José Agripino
Se for a "decisão sobre as eleições municipais de Mossoró" que a governadora Rosalba Ciarlini espera do Conselho Político formado no início da semana, ela pode ter que esperar um pouco mais. Pelo menos, foi isso que afirmaram o senador José Agripino Maia (DEM) e o ministro da Previdência Social Garibaldi Alves Filho (PMDB). Na opinião deles, o Conselho pode até discutir política, mas isso não será a prioridade. "A questão administrativa será o principal", garantiu o parlamentar democrata. 
Claro que a discussão sobre Mossoró existiu, mas porque o encontro em que participaram Carlos Augusto Rosado, Rosalba Ciralini, José Agripino, João Maia e Garibaldi Filho não foi, realmente, o primeiro encontro do Conselho. "O grupo não estava completo. Faltaram (o deputado federal peemedebista) Henrique Eduardo Alves e (o deputado estadual do PMN) Ricardo Motta", justificou Agripino na manhã de hoje, pouco depois de sair da solenidade realizada na Assembleia Legislativa em homenagem com o título de cidadão norte-riograndense ao ministro de Relações Exteriores, Antônio de Aguiar Patriota.
 
"Nós queremos é levar a voz das ruas para o Governo. As questões políticas poderão ser discutidas, porque estão presentes líderes partidários do DEM, do PMDB, do PR e do PMN, mas essa não vai ser a principal função. O Conselho terá um caráter muito mais administrativo que político. Queremos ajudar com a nossa experiência, até pela presença de dois ex-governadores, como Garibaldi e eu", explicou Agripino. 
 
Sem adiantar os temas da primeira reunião oficial, tampouco, dizer quando ela deve ocorrer, José Agripino acrescentou que a intenção é trocar ideias, ouvir o povo e ser ouvido pelo Governo, mas deixando claro que a última palavra sobre todos os assuntos será da governadora Rosalba Ciarlini. Nesse ponto, parece que o senador combinou com o ministro da Previdência Social o que iria falar. 
  
"Acho que o Conselho pode prestar uma grande colaboração, uma vez que ele é composto por ex-governadores, por parlamentares e eu acredito que possamos trocar ideias, naturalmente deixando a governadora, Rosalba, à vontade. Seremos apenas um conselho, não um conselho deliberativo. É um conselho que vai proporcionar essa troca de ideias", afirmou o ministro. 
 
Sobre a questão política, Garibaldi afirma que ela deve ficar um pouco de lado, sobretudo, porque há divergências entre os membros e as eleições, por exemplo, de Natal. "Naturalmente que questões políticas poderão ser abordadas, mas dentro do próprio Conselho há de se considerar que há divergências dentro dos seus membros com relação a determinadas situações municipais, enquanto que no plano administrativo não. Todos são apoiadores do Governo de Rosalba", analisou Garibaldi. 
 
QUESTÃO POLÍTICA
Na edição desta quinta-feira d'O JORNAL DE HOJE, a governadora Rosalba Ciarlini afirmou que "a primeira decisão do Conselho será sobre as eleições municipais de Mossoró", em declaração oficial veiculada pela assessoria de comunicação do Governo. O fato gerou uma repercussão negativa, sobretudo, pelos parlamentares do PSD, José Dias e Fábio Faria. O primeiro considerou que enveredar pela questão político/partidária torna o Conselho "sem sentido". 
 
Já Fábio Faria foi além: "O Governo deveria fazer uma reunião de conselho de gestão sobre governar. O que não sabe é governar. E o problema é que só tem projeto político. Aí faz uma reunião que no lugar de pensar em gestão e administrar, está preocupado só com eleição". 
 
Deu no Jornal de Hoje
Postado por Tulio Lemos

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