domingo, julho 22

A safra de idealistas o tempo levou,resta apenas a esperança de bons cidadãos

A vida politica nacional vive atualmente uma escassês enormes de idealistas, de homens públicos que fizeram da atividade politica um sacerdócio da honestidade, da moral e da ética pública.
Não fui comunista nos aúreos tempos da ditadura, tive vontade, era muito jovem, simpatizava, mas os camaradas do Partidão me rejeitava pela minha falta de experiência, cresci com esse desencanto, segui uma trajetória de principios semelhantes.
No Brasil comecei admirar grandes figuras: No Rio de Janeiro Luiz Carlos Prestes ( O velho era meu gurú), depois passei a admirar o popululismo nacionalista de Leonel Brizola, em São Paulo admirei no auge do MDB Franco Montoro, Ulisses Guimarães, Mário Covas, Henrique Cardoso, os petistas Florestan Fernandes, Chico Oliveira, Lula etc e tal.
No nordeste tinha bastante afeição aos Pernambucanos: Gregório Bezerra, Miguel Arraes, Francisco Julião, nas Alagoas Teôtonio Vilela, MG Tancredo Neves, Bahia Wadir Pires, Ceará Mauro Benevides, Paraiba Ronaldo Cunha Lima, no nosso RN a figura mais destacada pra mim na época de menino foi dr. Vulpiano Cavalcante comunista de carteirinha, entre os politicos com palanque armado nas praças públicas, Odilon Ribeiro Coutinho e Roberto Furtado, depois deles uma geração mais imediata: Emanuel Bezerra, Françoise Silvestre, Gileno Guanabara, Jaime Ariston, Ivaldo Caetano, Nuremberg Borja e outros do velho casarão da casa do estudante na praça Lins Caldas.
Aqui no Vale não posso esquecer de Manoel Torquato pra fundar o sindicato do Garrancho, da luta de Floriano Bezerra de Araújo, de Zé Barbalho em Porto do Mangue, ambos organizando os operários das salinas, de Cesário Clementino em Mossoró quebrando cabeça com classe ferroviária, de Bento Ventura um operário natalense defendendo os que viviam na construção civil, e ainda tantos outros que a memória deve preservar.
Tempos dificeis, duro pra se manter, a juventude sem participar do processo politico com o fechamento da UNE, a liberdade de expressão era um exercicio de risco aos que tentavam contariar o sistema opressor.
Graça a luta de muitos brasileiros, de todos os segmentos sociais, dos que foram presos, banidos e mortos, de todos que idealizaram um país melhor, mais livre e autônomo, dos que lutaram pelas diretas Já.
Cresci dentro deste prisma de convição libertária, procurando agir sempre com dignidade, procurando evitar o mal maior, escolhendo sempre pra governar nossos destinos, os que efetivamente transparecem uma maior qualificação coletiva, as vezes acertamos, as vezes não, mas nunca me iludi com gente que não apresentasse boas carcterísticas pra o exercício do poder.
 Hoje já não se faz mais politica com tanto idealismo, todavia refutamos os que não observam bem suas escolhas, e quem não faz, esse exame fiel de consciência, pode entregar os destinos de uma população nas mãos de um cretino, sem dignidade e sem compostura de governar nossa terra, seja ela, estado, nação ou municipio. 
Pense nisso, sem sem ser herói, basta ser inteligente e responsável  pela atitude que vamos tomar em 7 de outubro, sob pena de mudar e deixar nossa Carnaubais em situação indesejável.

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