sexta-feira, abril 11

“Nunca aconteceu situação tão difícil no Brasil, como nos últimos 3 anos”, afirma Wilma

Pré-candidata ao Senado, ex-governadora assume posição do partido de oposição ao Governo Federal de Dilma Rousseff


Por Ciro Marques
A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e a ex-governadora do RN, Wilma de Faria (PSB), sempre tiveram uma relação bem amistosa. Contudo, com a pré-candidatura do presidente peessebista, Eduardo Campos, a Presidência da República, Wilma deverá ir para a oposição. Na verdade, ao que parece, já foi. No SOS Municípios, evento realizado hoje (11), na Assembleia Legislativa do RN, a ex-governadora criticou a gestão federal e cobrou a discussão sobre o pacto federativo.
Wilma de Faria discursa ao lado do presidente da Femurn, Benes Leocádio (Foto: Cláudio Abdon)
Wilma de Faria discursa ao lado do presidente da Femurn, Benes Leocádio (Foto: Cláudio Abdon)
“Reconheço a dificuldade dos municípios e declaro total apoio. Os gestores estão desamparados, sem a atenção do Estado e nem da União. Durante esta campanha para presidência vamos fazer um debate com os candidatos, saber quem pretende se comprometer com esse tema. A verdade tem que ser dita e ninguém tem que ter medo: nunca aconteceu na história do Brasil uma situação tão difícil, como nesses últimos três anos. Estamos vivendo em alerta máximo, já que o caos financeiro está comprometendo a prestação de serviços públicos essenciais”, criticou Wilma.
Pensa que foi só isso? Que nada. Wilma ainda frisou ainda que “não adianta o governo federal ficar construindo escolas e unidades de saúde, se os municípios têm que arcar com todo o resto e não têm recursos para contratar os profissionais. Temos que acabar com isso dos prefeitos terem que viver com o pires na mão, pedindo apoio do governo do estado e da união”.
O SOS Municípios 2014 foi promovido pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) e cobra o aumento de recursos para as cidades. Para a ex-governadora, agora vice-prefeita de natal, é preciso a aprovação urgente das PECs que tramitam no Congresso Nacional (PEC 39/2013 no Senado e 341/2013 na Câmara) e que ampliariam o Fundo de Participação do Município (FPM) de 23,5% para 25,5%. Wilma também propôs algo que considera mais ousado: que os gestores cobrem, neste ano eleitoral, o compromisso dos candidatos à presidência com o pacto federativo que redistribuiria melhor os recursos e acabaria com a rotina humilhante do “pires na mão”.
“Sabemos que isso não solucionará em definitivo o déficit financeiro de várias prefeituras, mas já é um bom começo, visto que nos últimos anos os municípios só tiveram os encargos aumentados, sem a devida ampliação de repasses. Os prefeitos precisam cobrar da presidência da Câmara Federal, do Senado e da Presidência da República a aprovação urgente das matérias”, afirmou.
Fonte: Portal no Ar

Nenhum comentário:

Postar um comentário