quinta-feira, outubro 9

EQUILÍBRIO DE FORÇAS?

CARLOS CHAGAS
Saberemos hoje, quando recomeça a propaganda eleitoral no rádio e na televisão, se a campanha será desenvolvida em termos altos, de propostas para os próximos quatro anos, ou se continuará a baixaria encenada antes do primeiro turno. Caso Dilma e Aécio continuem se agredindo, melhor para o eleitor será desligar os aparelhos ou, pelo menos, ir tomar um cafezinho na cozinha.
Amanhã serão divulgados os primeiros resultados das novas pesquisas, parecendo necessário aos desmoralizados institutos trabalhar com muita calma. O vexame revelado pelos números divulgados até domingo recomenda cautela. A melhor solução seria concluir pelo empate, até que as tendências se aclarem.
Os partidos que estão fora da disputa e ainda não se definiram sabem da precariedade de suas recomendações. Estão de olho no novo governo a ser montado quando conhecido o vencedor, mas dificilmente influenciarão em número de votos. O eleitorado, em especial agora, decidirá de acordo com suas inclinações, preferências e idiossincrasias, sem fazer caso dos conselhos dos caciques partidários.
Dilma ou Aécio? É prematuro arriscar palpites. A presidente conta com a máquina do governo. O senador, com a possibilidade de somar as oposições. Vale aguardar, com votos de que os dois candidatos apresentem com prioridade planos e programas em vez de acusações. Resta saber que papel desempenhará o Lula, até o dia 26. Arredio ele não anda, mas distante, não há que duvidar. Pedirá votos para Dilma, mas com que intensidade?
MELHOR AGUARDAR A NOVA LEGISLATURA
Semana que vem realiza-se o último período de esforço concentrado no Congresso. Como 40% dos deputados não foram reeleitos, tendo importantes senadores também ficado de fora, supõem-se trabalhos a meia carga. As duas casas funcionarão intensamente em novembro, mas a ninguém será dado esperar a aprovação de mudanças sensíveis na legislação vigente. A reforma política, se vier, virá apenas por iniciativa do futuro Congresso, que conforme o humor do dr. Ulysses, sempre será um pouquinho pior do que o atual.
Diário do Poder

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